Uro-oncologia

Câncer de Próstata

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 68 mil novos casos de câncer de próstata são identificados por ano, afetando principalmente homens com mais de 50 anos de idade. A próstata é uma glândula responsável por fabricar o líquido prostático, que nutre o espermatozoides e é liberado no momento da ejaculação junto com o líquido seminal.

Não está definido a causa específica para o câncer de próstata, porém existem fatores que aumenta o risco e a probabilidade de um indivíduo desenvolver a doença, como por exemplo: 

  • Histórico familiar, principalmente se for um parente de primeiro grau;
  • Ter mais de 50 anos de idade;
  • Fazer uma dieta pouco equilibrada e muito rica em gorduras ou cálcio;
  • Sofrer de obesidade ou ter excesso de peso.

Os sintomas que podem indicar o câncer de próstata são dor na lombar, problemas de ereção, dor na bacia ou joelhos e sangramento pela urina. Já nos casos mais avançados podem surgir outros sintomas, como dor ao urinar ou ejacular, presença de sangue na urina ou esperma, jato de urina fraco, dificuldade para ter uma ereção, incontinência urinária ou fecal. Em caso de algum sintoma, procure um médico urologista para avaliar o seu caso.

Além disso, se o câncer estiver espalhado para outras regiões do corpo, também é comum a presença de outros sintomas menos específicos como dor constante nas costas, fraqueza nas pernas ou insuficiência renal

O principal exame para detectar o câncer de próstata é o exame de toque retal, onde o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata por meio da introdução de um dedo protegido e lubrificado no reto. Por conta do tabu e resistência dos homens em realizar esse exame, a maioria dos casos de câncer de próstata são identificados já em fase avançada, reduzindo as chances de sucesso no tratamento.

 

Por isso é muito importante realizar exames de rotina, para detecção da doença em estágio inicial e assim aumentar a chance de sucesso no tratamento. A doença ocupa a segunda posição entre os tumores que mais causam a morte de pacientes do sexo masculino no Brasil. A conscientização da necessidade do cuidado do homem e alerta para essa doença é realizada anualmente durante a campanha Novembro Azul no mês de novembro, onde é reforçado a importância de se realizar o check-up anual, principalmente se o homem tiver mais de 50 anos.

 

Junto ao exame de toque, a dosagem do nível de PSA (antígeno prostático específico) no sangue também é realizada para investigar a presença do câncer de próstata. Essa proteína é produzida normalmente pelo homem, porém no caso de algum desequilíbrio ou disfunção, há um aumento na sua produção. O exame de PSA não confirma o diagnóstico sozinho, é necessário o exame de toque retal para complementar e ser mais assertivo. 

O médico urologista define o tratamento mais indicado após avaliar a idade do paciente, gravidade da doença, doenças associadas e expectativa de vida.

Os tipos de tratamento que, normalmente são mais utilizados incluem:

  • Prostatectomia: cirurgia realizada para retirada completa da próstata, é um dos métodos mais utilizados;
  • Radioterapia: consiste na aplicação de radiação em determinadas áreas da próstata para eliminar as células de câncer;
  • Tratamento hormonal: é usado para os casos mais avançados e consiste no uso de remédios para regular a produção dos hormônios masculinos, aliviando os sintomas.

Em alguns casos, dependendo da progressão e estágio da doença e idade do paciente, o médico pode recomendar apenas a observação que consiste em fazer consultas regulares no urologista para avaliar a evolução do câncer.

Câncer de Bexiga

A bexiga é um órgão flexível, localizado na pelve (bacia) e com o formato aproximado de uma bola. A produção da urina é realizada pelo rim e transportada até a bexiga pelos ureteres. A bexiga é responsável por armazenar a urina até que ela seja eliminada durante a micção, onde há contração dos músculos da bexiga. 

O câncer de bexiga costuma ser diagnosticado entre os 60 e 70 anos de idade e caracteriza-se pelo aparecimento  de um ou mais tumores superficiais próximo à mucosa de revestimento interno do órgão. Em alguns casos, há o aparecimento de tumores em outro local do sistema urinário.

O câncer de bexiga é dividido em câncer não invasivo, se ainda não invadiram camadas mais profundas e câncer invasivo, o qual é mais propenso a se disseminar e mais difícil de tratar. A maioria dos cânceres de bexiga começa no urotélio, que é a camada de células mais interna da bexiga. Ela reveste o interior do ureter, a bexiga, a uretra e algumas partes do rim.

No estágio inicial, o câncer de bexiga não apresenta sintomas mas conforme há a evolução, os sintomas que podem aparecer são:

  • Sangue na urina: causada pelo rompimento de vasos sanguíneos no interior do tumor ou da mucosa do órgão. Nem sempre a presença de sangue será contínua, pode aparecer um dia e, o outro, não; por isso em caso de qualquer sangramento procure um urologista. É importante lembrar que várias doenças e condições apresentam como sintoma o sangramento de urina, então nem sempre significa que está com câncer.
  • Sensação de ardor, urgência e vontade incontrolável de urinar;
  • Dores pélvicas: geralmente, ocorrem em casos avançados, e podem ser acompanhadas de inchaço nas pernas e dor óssea;
  • Perda de apetite: acompanhada por perda de peso, anemia e cansaço, é frequente na fase metastática.

O sexo masculino é mais propenso a ter esse tipo de câncer. Entre os fatores de risco, estão:    

Genética: se algum parente de primeiro grau teve a doença, aumentam as chances de se ter o câncer de bexiga;
Exposição à radiação: quem trabalha com borracha, couro e tintas corre mais riscos de adquirir a doença. Além disso, pacientes que foram expostos à radiação devido à quimioterapia também estão mais propensos ao câncer de bexiga;
Idade: as chances de adquirir o câncer são maiores após os 40 anos;
Baixa ingestão de água: ao beber bastante líquido durante o dia, ocorre maior diluição das substâncias tóxicas da urina e aumento da micção;
Inflamação crônica na bexiga: quem tem teve infecções crônicas no trato urinário e, especialmente, na bexiga, bem como inflamações, pode ter o risco da doença aumentado;
Tabagismo: as substâncias cancerígenas encontradas no cigarro causam alteração celular, que podem levar ao câncer.

O sexo masculino é mais propenso a ter esse tipo de câncer. Entre os fatores de risco, estão:    

Genética: se algum parente de primeiro grau teve a doença, aumentam as chances de se ter o câncer de bexiga;
Exposição à radiação: quem trabalha com borracha, couro e tintas corre mais riscos de adquirir a doença. Além disso, pacientes que foram expostos à radiação devido à quimioterapia também estão mais propensos ao câncer de bexiga;
Idade: as chances de adquirir o câncer são maiores após os 40 anos;
Baixa ingestão de água: ao beber bastante líquido durante o dia, ocorre maior diluição das substâncias tóxicas da urina e aumento da micção;
Inflamação crônica na bexiga: quem tem teve infecções crônicas no trato urinário e, especialmente, na bexiga, bem como inflamações, pode ter o risco da doença aumentado;
Tabagismo: as substâncias cancerígenas encontradas no cigarro causam alteração celular, que podem levar ao câncer.

Não há nenhuma forma específica para evitar o câncer de bexiga, porém algumas atitudes podem diminuir o risco de desenvolver a doença. Algumas delas são:

– Pare de fumar: fumantes possuem de duas a três vezes mais chances de desenvolver câncer na bexiga;
– Use os EPIs (equipamento de proteção individual) e siga as orientações de segurança ao trabalhar com produtos químicos;
– Beba mais água (cerca de 2 L por dia);
– Mantenha uma dieta equilibrada: uma alimentação rica em frutas e vegetais também pode ajudar a prevenir o câncer de bexiga;
– Mantenha uma rotina de atividades físicas: os exercícios ajudam a eliminar toxinas que são prejudiciais às células.

O tratamento será definido considerando o estágio da doença, a gravidade dos sintomas e a saúde geral do paciente. No estágio inicial pode ser indicada uma cirurgia para remover o tumor sem remover a bexiga, acompanhada de quimioterapia ou imunoterapia diretamente no órgão. Em estágios mais avançados, podem ser feitas cirurgias para remover a bexiga inteira (cistectomia radical) com a remoção dos gânglios linfáticos próximos ou cirurgia para remover somente parte da bexiga (cistectomia parcial). Se a bexiga for removida, há a necessidade de reconstrução do órgão para armazenamento e eliminação da urina.

A quimioterapia pode ser utilizada antes da cirurgia para tentar reduzir o tamanho do câncer, facilitando a remoção durante o procedimento cirúrgico. Após a cirurgia, ela tem o objetivo de destruir as células cancerígenas. Após o tratamento, o acompanhamento deve ser feito com uma equipe multidisciplinar formada por oncologista e urologista. Além disso, a realização de exames de rotina é imprescindível.

O médico urologista irá colher todas as informações do seu histórico pessoal e clínico. Após isso, pode realizar um exame físico, mas para poder realizar o diagnóstico é preciso realizar uma série de exames. São eles:

  • Biópsia: confirma ou não a presença do câncer durante análise de um pedaço do tecido com lesão suspeita retirado como amostra;
  • Endoscopia digestiva alta: o procedimento ocorre com o paciente sedado. Consiste em inserir um tubo flexível com luz e câmara na extremidade pela garganta para averiguar o esôfago, o estômago e a primeira parte do intestino delgado. Se alguma lesão é encontrada, realiza-se uma biópsia. 
  • Laparoscopia: após a confirmação do câncer, os especialistas podem pedir esse exame para confirmar a localização do tumor e se pode ser removido cirurgicamente;
  • Exames laboratoriais: um hemograma completo pode detectar a presença de anemia, que pode causar uma hemorragia interna. Também pode ser solicitado um exame de sangue oculto nas fezes;
  • Ultrassom endoscópico: com esse exame, o médico consegue imagens para visualizar as camadas da parede do estômago, assim como os gânglios linfáticos e outras estruturas;
  • Tomografia computadorizada: com a tomografia é possível realizar a biópsia em uma área suspeita de ter uma lesão cancerígena com precisão;
  • Ressonância magnética: é um método de diagnóstico por imagem, permite avaliação dos órgãos internos, sem a utilização do raio-x e proporciona uma visualização melhor da região;
  • PET-CT: exame utilizado para averiguar se o câncer passou para outras partes do corpo;
  • Radiografia de tórax: o procedimento verifica se a doença se disseminou para os pulmões.



Dr. Valter Cassão

Urologista pela USP

CRM 129443

Formação Acadêmica

Dr. Valter Cassão

CRM 129443

Câncer de Rim

Os rins possuem a função de eliminar toxinas prejudiciais ao organismo, eliminar os excessos de água, sódio, potássio e outros íons; e auxiliam na produção da hemoglobina, proteína que transporta o oxigênio pelo corpo. Cada pessoa possui dois rins (direito e esquerdo). O câncer de rim é duas vezes mais comum nos homens do que nas mulheres e atinge com mais frequência pessoas entre 55 e 75 anos de idade.

Não existe um padrão da evolução do câncer de rim, tem pacientes em que a doença evolui de forma lenta durante anos, em outros casos apresentam crescimento rápido e se disseminam para outros órgãos em poucos meses.

No início o tumor é pequeno e fica restrito ao órgão, porém quando começa a evoluir, pode migrar para os linfonodos e cair na corrente sanguínea chegando a todos os órgãos (metástase)

As causas do câncer de rim ainda não foram totalmente esclarecidas. Mas sabe-se que algumas alterações genéticas podem causar o carcinoma.

O câncer de rim não costuma apresentar sintomas no estágio inicial mas quando surgem, os mais comuns são:

– Sangue na urina: ocorre devido ao rompimento dos vasos sanguíneos da massa do tumor. O sintoma está presente em 40% a 50% dos pacientes;
-Dor persistente na região lombar: ocorre devido a pressão na coluna conforme o tumor cresce;
– Perda repentina de peso;
– Cansaço constante;
– Palidez;
– Febre.

Quando a doença avança, pode surgir aumento do volume abdominal, inchaço nas pernas, falta de ar, tosse e dores ósseas ou fraturas, além de dor de cabeça, tontura, visão dupla e perda da força muscular de um dos lados do corpo.

Assim como a maioria dos tumores, ainda não existe uma causa específica e definida para o desenvolvimento do câncer de rim. Porém, alguns fatores conhecidos podem aumentar a chance de uma pessoa desenvolver a doença. Podemos citar como fatores de risco:

– Gênero: homens são mais propensos a desenvolver tumores renais do que as mulheres;
– Hipertensão: pessoas com pressão arterial elevada têm mais chances de desenvolver o câncer de rim;
– Histórico familiar: quem possui parentes de primeiro grau com histórico de câncer dos rins têm maior probabilidade de desenvolver a doença;
– Obesidade: pessoas que estão acima do peso apresentam alterações hormonais que podem aumentar as chances de desenvolver um câncer renal;
– Raça: pessoas com a cor de pele negra têm uma incidência um pouco maior de câncer de rim;
– Síndromes genéticas: algumas doenças genéticas podem causar tumores renais malignos. A mais comum é a von Hippel-Lindau, que é responsável por 1% a 2% desse tipo de câncer;
– Tabagismo: as substâncias cancerígenas presentes no cigarro são absorvidas pelos rins.

Se na sua família, algum parente desenvolveu o câncer de rim, especialmente se for de primeiro grau, é necessário ficar atento e realizar consultas frequentes e check-up com o médico urologista. Pessoas com membros na família com síndromes genéticas raras também devem consultar o médico com regularidade.. Outros hábitos que podem ajudar na prevenção é:

– Pare de fumar: as toxinas presentes no cigarro podem causar alterações no DNA das células e levar a desenvolvimento de tumores;
– Dieta balanceada:dê preferência a frutas, legumes, verduras, fibras e cereais;
– Pratique atividades físicas regularmente;
– Controle a pressão sanguínea;
– Evite contato com substâncias tóxicas, como poluentes. Se trabalhar com esses produtos, use equipamentos de proteção. 

Na consulta inicial para o processo de diagnóstico do câncer de rim, é realizada uma avaliação do histórico clínico e identificados os sintomas principais, fatores de risco e histórico familiar. Em seguida, é realizado um exame físico para investigar anormalidades na região abdominal. Outros exames para detecção do câncer podem ser realizados, como por exemplo:

– Tomografia computadorizada: além de fazer o diagnóstico da doença, é bastante útil na verificação da extensão do tumor para outros órgãos e no planejamento do tratamento mais adequado;
– Ultrassonografia: pode ser útil para identificar se uma massa renal é sólida ou se está preenchida com líquido;
– Radiografia de tórax: serve para avaliar o impacto do câncer nos pulmões em decorrência de alterações nos rins;
– Ressonância nuclear magnética: é raramente utilizada na avaliação destes tumores, e só é realizada em situações muito específicas.

O tipo de tratamento para o câncer de rim varia de acordo com o estágio do tumor (extensão do câncer). Na fase inicial, ocorre a retirada do rim (nefrectomia radical), há também a possibilidade de nefrectomia parcial, onde se retira o tumor, mas sem a necessidade de remover o rim. Em tumores pequenos, a radiofrequência e a crioterapia também são procedimentos utilizados. Em ambos os casos, o câncer é alcançado com uma espécie de agulha introduzida pela pele, guiada por ultrassonografia ou tomografia computadorizada. Na primeira técnica, há aumento da temperatura do tumor e, na outra, congelamento.

Em fases mais avançadas, indica-se o tratamento com imunoterapia (que promove a estimulação do sistema imunológico para o combate do câncer). Esse tratamento pode ser combinado com cirurgia para retirar metástases em determinadas localizações, como pulmões, fígado e cérebro. Quimioterapia e radioterapia não são eficazes nesse tipo de tumor em pacientes que houve disseminação do câncer para outros órgãos.

Câncer de Testículo

O câncer de testículo ocorre devido ao crescimento anormal de células nos testículos. Geralmente, atinge homens entre os 15 e 50 anos e é facilmente curado quando detectado no estágio inicial. Há dois tipos de câncer de testículo, o de células germinativas e o de estromas. Os tumores de células germinativas se dividem em seminomas, que afetam as células produtoras de espermatozoides e possuem um crescimento lento com boa resposta ao tratamento. Já os tumores não seminomas, tendem a crescer e se espalhar mais depressa.

Os tumores de estroma são mais comuns na infância e geralmente são benignos. Podem ser tumor das células de Leydig, que são as células produtoras de hormônios masculinos, tumor das células de Sertoli, que são células de suporte e que nutrem as células produtoras de espermatozoides.

A doença pode apresentar um crescimento rápido e a metástase pode ocorrer no pulmão, fígado e ossos. Na maioria dos casos aparece um nódulo ou percebe-se o aumento em um dos testículos, podendo ou não ser acompanhado de dores, sensação de peso ou dores no abdome ou saco escrotal.

O câncer de testículo é caracterizado pela presença de massa escrotal ou de um nódulo duro localizado com mais frequência do lado direito. Geralmente, não apresenta dor, porém ela pode ocorrer em até 40% dos pacientes. 

Outros sintomas que podem indicar câncer no testículo é o endurecimento dos testículos e aumento de volume ou sensibilidade da mama, além de sintomas inflamatórios, como inchaço, dor e aumento da temperatura dos testículos.
Sintomas como dor nas costas, falta de ar, tosse, aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, nódulos, endurecimentos, dor no abdômen e sangue na urina.

Não existe uma causa definida e específica para o câncer de testículo mas alguns fatores que podem aumentar a chance de desenvolvimento deste tipo de câncer são:

  • Criptorquiadia: durante o desenvolvimento fetal, os testículos descem da cavidade abdominal para a bolsa escrotal, a criptorquiadia caracteriza-se pela não descida dos testículos. Em homens que não tiveram a descida de um ou dois testículos, a chance de câncer aumenta de dez a 40 vezes.
  • Trauma: o trauma na região escrotal também pode causar a doença.
  • Histórico familiar: as chances aumentam para os indivíduos que possuem familiares com histórico da doença.
  • Histórico anterior: homens que tiveram a doença no passado têm 3% de chance de desenvolver um novo tumor.
  • Síndromes genéticas: homens com síndrome de Klinefelter possuem mais probabilidade de desenvolver câncer de testículo.
  • Trabalhadores expostos a agrotóxicos podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença.

A melhor forma de garantir um bom prognóstico é detectar o câncer precocemente, ainda no estágio inicial. Para isso, o melhor método é realizar o autoexame dos testículos à procura de alterações uma vez por mês. Uma dica importante é realizar a palpação dos testículos após o banho, pois o calor relaxa o escroto e facilita a verificação de qualquer mudança de tamanho, sensibilidade ou anormalidade.

Aprenda a fazer o autoexame de testículos:

1. De pé, em frente a um espelho, observe o escroto e veja se há alterações em alto-relevo na pele.
2. Então, segure um testículo de cada vez entre os dedos indicador, médio e polegar.
3. Mexa no testículo com os dedos. Você não deve sentir dor durante esse procedimento.
4. Apalpe o testículo até achar o epidídimo, um canal localizado atrás do órgão que coleta e carrega o esperma.

Durante o autoexame, é importante procurar qualquer mudança no tamanho dos testículos, sensação de peso no escroto, dor na virilha ou na região inferior do abdômen, líquido no escroto e dor no testículo ou escroto. Em caso de alguma alteração procure um urologista para avaliar o seu caso.

É importante lembrar que a realização dos exames de rotina com o urologista é extremamente importante para garantir que todas as condições estão dentro do conforme e detectar o câncer precocemente. 

O câncer de testículo é considerado um câncer do tipo agressivo, com alto índice de duplicação das células tumorais (que causam rápida evolução da doença), porém é de fácil diagnóstico e possui alto índice de cura, já que responde bem aos tratamentos quimioterápicos.

O diagnóstico é realizado por um urologista através da solicitação de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. Além do exame físico que comentamos acima, após ouvir os relatos do paciente e colher o histórico, o médico solicita exames de imagens para visualizar as lesões testiculares e exames de sangue à procura de marcadores tumorais (proteínas) que estão presentes no sangue quando há câncer. Por meio da ultrassonografia, é possível detectar nódulo ou massa envolvendo o testículo.

O tratamento é definido pelo urologista de acordo com o avanço da doença. No estágio inicial, geralmente, o tratamento indicado é a cirurgia para a remoção do tumor que pode ser associada à quimioterapia. Em alguns casos, é possível que o indicado seja a remoção dos testículos. Atualmente, existem próteses de silicone que são implantadas no lugar do testículo removido. Nesses casos, pode haver a necessidade de reposição hormonal, mas a função sexual não deve ser afetada desde que o outro testículo esteja saudável. Em fases mais avançadas, o tratamento escolhido pode ser a radioterapia após a cirurgia ou quimioterapia para conter metástase. É importante realizar um acompanhamento nos dois primeiros anos, com exames de controle e realizar o autoexame para detectar possíveis nódulos.

Câncer de Pênis

O câncer de pênis é considerado um tumor raro, possui maior incidência em  homens a partir dos 50 anos, porém pode atingir também os mais jovens. Dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) mostram que o câncer de pênis atinge 2% da população masculina no Brasil e que as regiões que possuem maior incidência são Norte e Nordeste.

  • Má higiene íntima;
  • Estreitamento do prepúcio, homens que não se submeteram à circuncisão possuem maior predisposição.
  • Estudos científicos sugerem relação entre o vírus HPV e o câncer de pênis.

Uma das maneiras de prevenir o câncer de pênis é realizar a correta higienização diariamente com água e sabão, principalmente após as relações sexuais e a masturbação. É de extrema importância ensinar os meninos os hábitos de higiene desde criança.

 

A cirurgia de fimose (quando não é possível expor a glande por conta da pele do prepúcio é estreita ou pouco elástica) é considerada outro fator de prevenção. É uma operação simples, rápida e não precisa de internação. Geralmente, essa cirurgia é realizada na infância. De qualquer forma, tanto o homem circuncidado como o não-circuncidado reduzem as chances de desenvolver esse tipo de câncer se tiverem bons hábitos de higiene.

 

O uso de preservativo diminui a chance de contágio de doenças sexualmente transmissíveis, como o vírus HPV, que podem aumentar a chance de desenvolver câncer de pênis.

O sinal mais comum deste câncer é a presença de feridas ou úlceras persistentes ou o aparecimento de massas proeminentes na glande, prepúcio ou corpo do pênis. É importante ficar atento ao aparecimento de ínguas na virilha, que pode ser um sinal de evolução da doença. A presença de um desses sintomas, associados a uma secreção branca (esmegma), pode ser um indicativo de câncer no pênis. 

É preciso ficar atento ao aparecimento de manchas esbranquiçadas, feridas e caroços no pênis, além de corrimento mau cheiroso, secreção branca, gânglios ou ínguas (caroços doloridos) na virilha e vermelhidão ou coceira por longo período. Ao observar um ou mais sintomas, procure um urologista.

A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos. Essa identificação no estágio inicial aumenta a chance de melhores resultados no tratamento. Nesta investigação precoce deve ser procurado:

  • Tumor ou úlcera em pênis na ausência de uma doença sexualmente transmissível ou persistente após seu tratamento.
  • Espessamento ou mudança na cor da pele do pênis ou prepúcio.

Esses sintomas podem indicar a presença de outras doenças e não só o câncer, mas é sempre importante investigar com um médico urologista.

Apesar de a taxa de cura ser alta se o câncer de pênis for identificado no estágio inicial, mais da metade dos pacientes demora até um ano após as primeira lesões aparecerem para procurar um médico. Todas as lesões e tumorações que aparecem no pênis devem ser avaliadas por um urologista, principalmente se não desaparecerem após tratamento convencional. A confirmação do diagnóstico é realizada após a biópsia (retirada de um fragmento do tecido) para análise.

A definição do tratamento é feita pelo urologista e depende da localização e extensão do câncer. Geralmente, os tratamentos oferecidos são cirurgia, radioterapia e quimioterapia, sendo a cirurgia, o tratamento mais eficaz e frequentemente utilizado. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a evolução do câncer e a posterior amputação total do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem. A amputação nem sempre é escolhida, dependendo do estágio do câncer. Por isso, é extremamente importante realizar o check-up anual e consulta a um urologista no caso de alguns dos sintomas, pois evita maiores transtornos.

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